sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Drever na Exposição Mundial 2008 // Drever at World Dog Show 2008

Vídeo do julgamento da raça Drever (Fêmeas) na Exposição Canina Mundial na Suécia, em 2008. Participámos com a nossa Track-Action Lupiini, pois era uma oportunidade única de ver e competir com vários outros Drevers – sendo uma raça praticamente desconhecida fora da Escandinávia, é difícil ver outros exemplares “ao vivo e a cores”.
Podem ver-nos a partir do minuto 2:23. A Lupi é a 4ª cadela no alinhamento, a sua mãe Track-Action Certtu é a 2ª e a sua avó Mira pode ser vista a partir do minuto 3:13.

Video of the Drever (Females) judging at the World Dog Show in Sweden, 2008. We went there with our Drever Track-Action Lupiini, as it was an unique opportunity to see and compete with other Drevers – as the breed is virtually unknown outside of Scandinavia, it is difficult to see other dogs “in person”. You can see us from minute 2:23. Lupi is the 4th dog in the line-up, her mother Track-Action Certtu is 2nd and her grandmother Mira can be seen from minute 3:13.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Alguns dos meus cães // Some of my dogs

Este é um slideshow de alguns dos meus cães feito por uma amiga há algum tempo. É uma boa altura para o recordar! :)

This is a slideshow of some of my dogs made by a friend sometime ago. It's a nice time to remember it! :)



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pawprints in the heart


Like people, some dogs come and go, and some leave permanent footprints in our hearts. Through the several dogs I've had, worked with or lived with, I am fortunate enough to have had 3 I can call "dogs of a lifetime" - dogs that, due to particular circunstances, I've created a very special bond with, and vice-versa... As someone said - it gets easier , it doesn't get better!...



(And for those who think that breeders only like dogs that do well in shows or breeding... Top was a stray we picked up from the street, Nikko came from a backyard breeder, had no papers, incorrect coat, a temperament that left much to be desired and was never bred from and Leão wasn't even mine! Breeders are people too!)

Top


Top was my first dog. As I used to say, he was a “90% Smooth Haired Dachshund” – too much like a Doxie to be a mutt or a cross-bred, too bad to be a pure-bred! ;)
He was found on the streets on December 27, 1985. No one claimed him back, despite our efforts to find his owners, so we ended up keeping him. He came into my life at a very complicated phase for my family and was my companion during the most important phase of my growth. And he influenced decisively my personal and professional life. It was thanks to him that I acquired my passion for dogs, that I chose my work (well, after I decided I did not have the guts to be a vet), that I chose “my” breed – the Dachshund is and always will be my first and last breed.
He was probably one of the most famous dogs in Oeiras, the town I grew up in, at a time when dogs could still walk free on the streets. Actually, at the time I was known as “teacher Margarida’s daughter”, “Paula’s sister” or… “Top’s owner” :)
And even if he died so long ago, the void he left in my heart is still unfilled…

Nikko


If Top was my company in what I consider the most important phase of my growth, Nikko was mine as I entered adulthood. He went with me through 4 different homes, shared the best and worst moments of my life, taught me the joy of training dogs and the differences in motivation caused by different methods, When he wanted, he sure knew how to be a brat, and would grumble when he did not want something (specially after he was run over by a car and broke his hip), but he soon learned to comfort me when I was down – it was difficult to be sad with him fooling around! Until the end he was an eternal puppy, and nothing would make him happier than playing with balls, of all possible sizes.
You left too soon Nikko…

Leão


I only knew Leão as an adult, or rather, as he was leaving his adolescence, at 1.5 years., when he was taken back by his breeder. We clicked since day one! He came highly suspicious of people and afraid of men, and for about one year I was virtually the only person with whom he was able to relax. Which helped in us creating a very special relation, he was the type of dog who knew what I wanted and felt, and reacted accordingly, without me saying anything. He taught me a lot about the relationship between people and dogs and about inter-dog behavior. He was the dog that we took to schools and TV in divulgation activities, who we’d let loose among children, and the same dog was a formidable farm guard. He was the dog that could be with several other dogs, males and females, adults and juveniles, without any problems, capable of disciplining youngsters without aggression – if you didn’t know what to look for, you’d only see dogs playing, if you knew what you were seeing, you could see all the discipline signs in the necessary degree and nothing further.
But above all, and despite having a different owner, we both knew he was “my” dog…

Pegadas no coração

(English version above)

Tal como acontece com as pessoas, alguns cães vêm e vão, e outros deixam uma marca permanente no nosso coração. Ao longo dos vários cães que tenho tido, com que trabalhei ou que vivi, tenho a sorte de ter tido não um, mas 3 a quem posso chamar “o cão da minha vida”, cães com os quais, por diferentes circunstâncias, criei uma relação particularmente especial, e vice-versa. Com alguém uma vez disse… Vai-se tornando mais fácil, não se vai tornando melhor!...


(E para quem acha que um criador apenas gosta dos cães que dão bons resultados em exposições ou na criação… O Top foi um cão recolhido da rua; o Nikko veio de um criador pouco recomendável, sem papéis, tinha um pelo incorrecto, um carácter que deixava muito a desejar e nunca criou; e o Leão nem sequer era meu! Os criadores também são pessoas!)


Top


O Top foi o meu primeiro cão. Como costumava dizer, era um "90% Teckel de Pêlo Curto" - demasiado parecido com um Teckel para ser um rafeiro ou um cruzado, demasiado mau para ser um cão puro! ;)
Encontrado na rua a 27 de Dezembro de 1985, ninguém o reclamou, apesar dos nossos esforços em encontrar os seus donos, pelo que acabou por ficar connosco. Entrou na minha vida numa fase complicada da minha família, e acompanhou-me durante a fase mais importante do meu crescimento. E influenciou de forma decisiva a minha vida pessoal e profissional. Foi graças a ele que adquiri a minha paixão por cães, que escolhi a profissão que escolhi (bem, depois de decidir que não tinha estômago para veterinária), que escolhi a "minha" raça - o Teckel é e será sempre a minha primeira e última raça.
Foi possivelmente um dos cães mais famosos de Oeiras, onde cresci, numa altura em que os cães ainda podiam andar à solta na rua. Aliás, lá eu era conhecida como "a filha da professora Margarida", "a irmã da Paula" ou... "a dona do Top" :)
E apesar de ter morrido há tanto tempo, o vazio que existe no meu coração ainda é grande...

Nikko

 
Se o Top me acompanhou naquela que considero a fase mais importante do meu crescimento, o Nikko acompanhou-me na minha entrada na vida adulta... Foi a minha companhia em 4 casas diferentes, partilhou comigo os melhores e os piores momentos da minha vida, foi com ele que descobri o prazer de treinar cães e as diferenças de motivação causadas por diferentes métodos de treino. Quando queria, sabia ser uma peste, e resmungar quando não lhe apetecia algo (sobretudo depois de ter sido atropelado e partido a anca), mas cedo aprendeu a consolar-me quando estava em baixo - era difícil estar triste muito tempo com as macacadas dele! Até ao fim, foi um eterno cachorro, e nada lhe dava maior prazer do que brincar com bolas, de todos os tamanhos possíveis.
Partiste demasiado cedo Nikko...

Leão


Só conheci o Leão em adulto, ou melhor, a sair da adolescência, com 1.5 anos, quando foi retomado pelo seu criador. Ele veio desconfiado com as pessoas e com medo de homens, e durante cerca de um ano eu era virtualmente a única pessoa com quem ele era capaz de estar relaxado. O que contribuiu para criarmos uma relação muito especial, era o tipo de cão que sabia o que eu queria e sentia, reagindo de forma adequada, sem lhe dizer nada. Ensinou-me muito sobre a relação entre pessoas e cães, e sobre comportamento entre cães. Era o cão que levávamos para as escolas e TV em acções de divulgação, andando à solta no meio de crianças, e o mesmo cão era um guarda incorruptível da quinta. Era o cão capaz de andar juntamente com vários outros cães, machos e fêmeas, adultos e juvenis, sem problemas, capaz de disciplinar os jovens sem precisar de recorrer a agressividade – quem não soubesse o que estava a ver, apenas via cães a brincar, quem soubesse, via ali todos os sinais de disciplina no grau necessário e nada mais do que isso.
Mas acima de tudo, e apesar do dono ser outro, ambos sabíamos que era o “meu” cão…

Separation problems - update



I haven’t updated the blog in a very long time, partially due to an excess of professional work. So, let’s update the situation regarding the separation problems I’ve been dealing with…

Most of Kikko’s problems became quite manageable with time, as he settled into his new life. Most of his anxious bark ended, he now typically only barks with the normal situations – like seeing strange people or tractors passing in front of the house. He is not pulling a lot on the leash, even without the halter, although he will still do it when he’s excited. In his crate, although not totally relaxed during the day, he will stay quiet in the normal situations – like when he is locked up to sleep at night. The main problem remaining is his anxious (and noisy!) bark when he feels me arriving home after I left for a few hours.

About a couple of months ago, I started to realize (and my neighbor confirmed it) that the dogs would start barking and howling when I left home to go to town (something that doesn’t happen every day, one of the perks of working from home most of the time). Personally, it is something I don’t particularly consider a problem (after all, several dogs together tend to bark easily), but to avoid potential hassles with the neighbors, I’d have to do something about it. But, having several dogs, to assess what I should do, I first needed to know who was the noise-starter – howling is a social act, where several dogs join in after one starts, so it is important to know who starts it to know whom and how I have to manage… But the fact that they only make noise when I leave and there is no one at home (if there’s someone there they don’t make any noise) makes it hard to evaluate the situation. The only option – filming the dogs! I don’t have a video camera, but my photo camera allows me to record small videos. Unfortunately, they are limited to a 10 minutes length, but from my feeling and my neighbor’s comments, the dogs would start the noise almost after I left and only do it for a couple of minutes, so that length should be more than enough. So, first I aimed the camera to the most likely suspect – Kikko, who was still adjusting, was the most anxious dog and the least used to being in the crate (all my house dogs are used to being crated when I have to go somewhere for relatively short periods). Well, imagine my surprise when I come back home and saw the video – 10 minutes in which the dog, although not totally relaxed, is quiet and even lies down to sleep near the end of the video! Hmmm… ok, we have another unanticipated (but not totally unexpected) guilty dog… So next time I aim the camera at suspect #2 – Pinhão. Although Pinhão is used to being crated (actually, he often prefers to go sleep and relax in his crate than being with the other dogs), his anxiety level has increased since Kikko came back – probably a conjugation of Kikko’s anxiety with my excess of attention towards him and unintentional lack of attention towards the other dogs, thereby breaking Pinhão’s routines, which are essential for him to have some stability and relax (Pinhão is a very anxious dog, although he has made a huge progress since I have him). So, I started filming Pinhão and voilá, the “guilty” one was found. It was indeed Pinhão who started the whining and howling. Trough several days of filming, I realized I had actually been very “lucky” when I first filmed Kikko, as actually both Pinhão and Kikko would start the whining and howling. And once they started to howl, the rest of the dogs would follow – I realized Drevers love to howl, and Dachshunds are not that far behind, although they are easier to shut up! ;) Interestingly, normally the Barbados da Terceira would not join in the howling.
So…now I knew who was starting the noise when I leave… Now, how to deal with it? First, I thought of getting Kongs for everyone, not just Kikko as up to then. However, this did not work with Pinhão, his problem was not boredom, and he is not especially motivated by food (not even chew bones).
Idea number 2 was to put Pinhão’s and Kikko’s cratesside by side. They have become best friends, so I thought maybe the problem was being anxious for not being together (despite the fact that at night there was no problem). That also did not help, the noise continued…
Letting them out in the yard to do their business before I left also did not help…
So, then I thought of something that, although would not solve the core problem, could make the situation more manageable… My oldest Drever Lupi is the dog that will more easily start howling – when she hears other dogs whining, when she hears sirens on the street, when she hears different and prolonged noises… She usually sleeps in the crate with the house dogs, but when I leave during the day I leave her in the garage with the other dogs. When Pinhão and/or Kikko start whining when I leave, she is the first to start howling. So, if I could stop her from starting to howl, hopefully I would not have the usual “symphony”. So, before I left, I started bringing Lupi home and to her crate, with the rest of the house dogs. Good result! Pinhão and Kikko will still make noise, but as Lupi is with them, she does not begin to howl, so the rest of the dogs also do not howl. Ok, so I don’t have the ultimate cause solved, but the neighbor’s problem is controlled while I look for a better solution!
At the same time, I also began to change my exit routines. Normally I follow a predictable sequence – I lock up the dogs that are out on the yard and close the garage door, I let the house dogs out while I change clothes, I put the laptop in the backpack, I crate the house dogs, I get the keys and I leave. I am now changing that order, for example, change my clothes and go do other stuff, let the dogs out (or not) and continue my usual life without crating them, etc., to try to break the fixed pattern of leaving. In the mean time, a few days ago I had to go without my car for a few days while it was being worked on at the shop. And that allowed me to identify one situation I had not realized before – when I followed my normal routines to leave the house, but by bus instead of by car, the dogs would not make any noise! And when I came back home by bus, Kikko would not bark so quickly and so loud, only when I was about to enter the house. Which means, apparently the main trigger for the dogs’ noise was not me leaving per si, but the noise of the car. Great! So I have finally (I hope!) identified the trigger for Pinhão’s and Kikko’s anxiety when I leave. And if it is indeed the car, I think it will be relatively easy to desensitize them – it should be enough to turn the car on and off at different, without necessarily me leaving, leave and come straight back, etc.

Now, hopefully it is a matter of time to see if the problem really gets controlled this way or not…

(If you have just arrived to this post and have no idea what I'm talking about ;), please read the first part of the series and the second part of the series)

Problemas por separação - actualização

(English version above)

Há bastante tempo que não dou novidades, em grande parte devido a um excesso de trabalho a nível profissional. Vamos então fazer um ponto da situação quanto os problemas de separação com que tenho andando a lidar…

A maioria dos problemas do Kikko tornou-se bastante manejável ao longo do tempo, à medida que se foi acomodando à sua nova vida. A maioria do ladrar por ansiedade acabou, tipicamente já só ladra nas situações normais – como ver gente estranha ou tractores a passar em frente a casa. Já pouco puxa na trela, mesmo sem o halti, apesar de o fazer quando está excitado. Na caixa, apesar de não estar totalmente relaxado durante o dia, fica sossegado nas situações normais, como quando é fechado à noite para dormir. O principal problema que ainda persiste – o ladrar ansioso (e barulhento!) quando me sente a chegar a casa depois de ter saído durante algumas horas.

Há cerca de 2 meses, comecei a aperceber-me (e foi-me corroborado pela vizinha) que os cães se punham a ladrar e uivar quando eu saía de casa para ir à cidade (algo que não ocorre todos os dias, vantagens de se trabalhar em casa uma boa parte do tempo). Pessoalmente, é uma situação que não considero particularmente problemática (afinal, vários cães juntos tendem a ladrar mais facilmente), mas de forma a evitar potenciais problemas com os vizinhos, seria necessário fazer algo a esse respeito. Mas, tendo vários cães, para determinar que acção deveria tomar, precisava primeiro de saber quem era o culpado pelo barulho – uivar é um acto social, em que vários cães se juntam quando um inicia o acto, logo é importante saber quem começa a fazer barulho para saber com quem e como terei de agir. Ora, o facto de eles só fazerem barulho quando eu saio e não fica ninguém em casa (se ficar alguém em casa, não fazem barulho), torna complicado avaliar a situação. A única opção – filmar os cães! Não tenho nenhuma câmara de vídeo, mas felizmente a máquina fotográfica permite gravar pequenos vídeos. Infelizmente estão limitados a 10 minutos de duração, mas pela minha impressão e comentários da vizinha, os cães começavam a fazer barulho quase logo a eu sair, e apenas durante um par de minutos, pelo que esta duração deveria ser o suficiente. Primeiro, apontei a câmara ao suspeito mais provável – o Kikko, que ainda estava em fase de adaptação, era o cão mais ansioso e o menos habituado a estar em caixa (todos os cães que tenho em casa estão habituados a ficar fechados nas suas transportadoras quando tenho que ir a algum lado durante períodos relativamente curtos). Ora, qual não foi a minha surpresa quando regresso a casa e visiono o vídeo – 10 minutos em que o cão, apesar de não estar totalmente relaxado, está calado e chega mesmo a deitar-se para dormir perto do fim da filmagem! Hmmm… ok, então temos outro culpado não antecipado (mas não de todo inesperado) … Na vez seguinte, aponto então a câmara ao suspeito nº 2 – o Pinhão. Apesar de o Pinhão estar habituado a estar na sua caixa (aliás, frequentemente prefere ir dormir e relaxar para lá que estar com os outros cães), o seu nível de ansiedade aumentou desde que o Kikko voltou para cá – provavelmente por uma conjugação da ansiedade do Kikko com o meu excesso de atenção para com ele, inadvertidamente prestando menos atenção aos outros, quebrando as suas rotinas, essenciais para ele encontrar alguma estabilidade e relaxar (O Pinhão é um cão muito ansioso, apesar de ter feito enormes progressos desde que está comigo). Portanto, filmei o Pinhão e voilá, o “culpado” estava encontrado. Efectivamente, era o Pinhão a começar com gemidos e uivo. Ao longo de filmagens subsequentes, apercebi-me que tinha tido bastante “sorte” quando filmei o Kikko da primeira vez, pois na realidade quer o Pinhão quer o Kikko são os iniciadores dos gemidos e uivos. E começando eles a uivar, os restantes seguem-se – apercebi-me que os Drevers adoram uivar, e os Teckels não ficam muito atrás, embora sejam mais fáceis de calar! ;) Curiosamente, normalmente os Barbados da Terceira não se juntavam ao coro.
Ora bem… então já sabia então quem começava a fazer barulho quando eu saia… agora, como lidar com isso? Primeiro, pensei em arranjar Kongs para todos, não apenas para o Kikko como tinha até então. Porém, isto não funcionou com o Pinhão, o problema dele não era o aborrecimento, além de ele não ser particularmente motivado por comida (nem mesmo ossos de roer).
A ideia número 2 foi por a caixa do Pinhão e do Kikko lado a lado. O Pinhão e o Kikko tornaram-se os melhores amigos, pelo que pensei que talvez o problema fosse ansiedade por não estarem juntos (apesar de à noite não o estarem e não haver problemas). Isso também não resolveu, o barulho continuou…
Soltá-los para passearem e fazerem as necessidades no quintal antes de sair também não ajudou…
Entretanto, lembrei-me de uma coisa que, não resolvendo o problema de base, poderia tornar a situação manejável… A minha Drever mais velha, a Lupi, é a cadela que mais facilmente se põe a uivar – quando ouve outros cães a gemer, quando ouve sirenes na estrada, quando ouve barulhos diferentes e prolongados... Costumo pô-la a dormir dentro de casa, mas quando saio durante o dia ela fica na garagem com outros cães. Ora, quando o Pinhão e/ou o Kikko começam a gemer quando saio, a primeira a começar a uivar é a Lupi, e os restantes cães começam a uivar depois dela. Portanto, se conseguisse evitar que ela começasse a uivar, à partida já não teria o “concerto” habitual. Portanto, quando vou sair, comecei a trazer a Lupi para casa e para a sua caixa, ao pé das dos restantes cães de casa. Bom resultado! O Pinhão e o Kikko ainda fazem barulho, mas como a Lupi está ao pé deles, já não se põe a uivar, pelo que o resto dos canitos também não. Ok, não tenho a causa última resolvida, mas tenho o problema com os vizinhos manejado enquanto procuro uma solução melhor!
Adicionalmente, comecei também a alterar as minhas rotinas de saída de casa. Normalmente seguia uma sequência previsível – fechar os cães da rua e a porta da garagem, soltar os cães de casa no quintal enquanto mudo de roupa, colocar o computador portátil na mochila, fechar os cães de casa, pegar nas chaves e sair. Agora ando a alterar essa ordem, por exemplo, mudar de roupa e fazer outras coisas, soltá-los (ou não) e continuar a vidinha normal sem os fechar, etc., para tentar quebrar a associação da rotina fixa com a saída. Entretanto, há poucos dias passei uns dias sem carro, enquanto estava na oficina a ser arranjado. E isso permitiu-me identificar uma situação de que não me tinha apercebido – quando seguia as minhas rotinas normais para sair de casa, mas indo de autocarro em vez de carro, os cães não faziam barulho! E quando voltava para casa de autocarro, o Kikko não se punha a ladrar tão rapidamente e tão alto, só quando estava mesmo a entrar em casa. Ou seja, aparentemente o principal iniciador do barulho não era o facto de eu sair em si, mas sim o barulho do carro. Óptimo! Finalmente identifiquei (espero eu!) o factor que inicia a ansiedade no Pinhão e no Kikko quando saio. E se for efectivamente o carro, penso que será uma situação relativamente fácil de dessensibilizar – deverá ser suficiente ir ligando e desligando o carro em diferentes alturas, sem necessariamente sair, sair e regressar logo, etc.

Agora é esperar pelas “cenas dos próximos capítulos” para ver se efectivamente se controla o problema assim ou não…

(Se chegou agora a este post e não faz ideia do que estou a falar, veja a primeira parte da série e a segunda parte da série)